Ainda que não saibamos qual caminho percorrer dentro do universo de pesquisa científica, precisamos entender as mudanças recorrentes neste processo. Devemos observá-lo não apenas como o acúmulo de novos dados relativos à teoria do conhecimento, mas como um “jogo de xadrez”, onde cada peça se move ao passo de uma nova estratégia, de um novo olhar, de uma nova regra que se aperfeiçoa na busca do fazer científico. Thomas Kuhn, físico teórico, defende esta idéia dentro de uma perspectiva de “ruptura”, diagnosticada como “revolução científica”. Muda-se, então, a forma de olhar o real, criam-se novos “paradigmas”. O termo “paradigma”, segundo Kuhn, se apresenta como uma luz, um conjunto de suposições teóricas gerais; solução concreta para os problemas suscitados pelas pesquisas científicas. Quando tais problemas não podem ser resolvidos por determinada comunidade científica, surgem as chamadas “anomalias”; imperfeições, dificuldades que fogem ao controle e que só serão resolvidas por um novo paradigma. Tudo isso visando, evidentemente, a transformação e a ampliação do conhecimento científico.
Bachelard, filósofo francês, também sublinha o caminho da ciência moderna como um “corte”. Uma espécie de retificação do saber, onde o que se estabelece é a recusa de qualquer dogmatismo. Seus trabalhos debruçaram-se ao mesmo tempo entre a poesia e a ciência, valorizando a atividade criadora e reabilitando a imaginação. Segundo ele, a imaginação está toda aberta para o futuro. Através da psicanálise das imagens, como da inteligibilidade da ciência, procura penetrar na riqueza inesgotável do real, cuja profundidade é vivida antes de ser pensada. Sua teoria se aproxima do pensamento kuhniano na medida em que ambos criticam o positivismo lógico e linha cumulativa da ciência. O fato é que tanto Kuhn quanto Bachelard profetizam um novo caminho, uma nova descoberta para os envolvidos em pesquisa científica. Logo, tornam-se indispensáveis para os alunos de mestrado e doutorado.
Conhecimento científico é saber. Seja mediante a revolução “paradigmática” de Thomas Kuhn ou pelo “corte epistemológico” de Gaston Bachelard, o processo exige criatividade, disciplina, organização e modéstia daqueles que, como eu, pretendem desenvolver um olhar científico e indagador sobre o mundo.
Bachelard, filósofo francês, também sublinha o caminho da ciência moderna como um “corte”. Uma espécie de retificação do saber, onde o que se estabelece é a recusa de qualquer dogmatismo. Seus trabalhos debruçaram-se ao mesmo tempo entre a poesia e a ciência, valorizando a atividade criadora e reabilitando a imaginação. Segundo ele, a imaginação está toda aberta para o futuro. Através da psicanálise das imagens, como da inteligibilidade da ciência, procura penetrar na riqueza inesgotável do real, cuja profundidade é vivida antes de ser pensada. Sua teoria se aproxima do pensamento kuhniano na medida em que ambos criticam o positivismo lógico e linha cumulativa da ciência. O fato é que tanto Kuhn quanto Bachelard profetizam um novo caminho, uma nova descoberta para os envolvidos em pesquisa científica. Logo, tornam-se indispensáveis para os alunos de mestrado e doutorado.
Conhecimento científico é saber. Seja mediante a revolução “paradigmática” de Thomas Kuhn ou pelo “corte epistemológico” de Gaston Bachelard, o processo exige criatividade, disciplina, organização e modéstia daqueles que, como eu, pretendem desenvolver um olhar científico e indagador sobre o mundo.
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